quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Des pretensão...

Boa noite para quem fica, boa noite para quem vai... Vai tempo... Mestre tempo... Rei tempo...

Esse blog tem a des pretensão de dar a conhecer uma Água Verde minha, tem também a des pretensão de dar a conhecer uma Curitiba muito mais minha ainda.
Terra de pinhão assado na brasa de grimpas de pinheiro, terra do piá, da manga rosa, do dolé, terra doce com cheiro de sereno, do vento que entra pelas narinas no inverno e nos faz chorar involuntáriamente pelo frio, terra da vina e de tantas histórias juvenís, de tanta emoção.
Porque Salomão? Por que Salomão é um ícone do bairro... Salomão e sua lambreta azul e branca, passando pontualmente nos mesmos horários, para cima e para baixo, no que hoje se chama Rua Brasílio Itiberê, mas que um dia se chamou Rua Cinco de Maio, rua que foi homenagem ao México e sua independencia e se tornou homenagem ao maestro paranaense. Justissimo!
Salomão devia ser elevado a condição de lenda do bairro, assim uma espécie de Boitatá, ou Boiuna, tal é sua importância na estética masculina aguaverdiana.
Os rapazes não iam ao sarau da Sociedade Àgua Verde, na Bento Viana esquina com a Cinco de Maio, sem antes ver o Salomão afiar com precisão a sua navalha, instrumento que usava com maestria, na lingueta de couro, enquanto rebolando, olhava pela janela desmentindo o japonês do IMEPAR, o Iwamoto.
"Não vai chover não! Não, não... Vou pescar... "rebola, rebola)...
Na penteadeira, Quina Petróleo Sandar, aquela merda que deixou meu pai careca... E fez com que ele, meu pai, para justificar a carequice, criasse a profunda frase - "cabelo, se fosse bom, não nascia no c*".`Poético, não acha?
Resumindo esse blog ganhou o nome de O Salomão, em homenagem a esse Saci Pererê, que certamente está no paraiso, olhando de cima das nuvens para nós aqui em baixo e rebo-fa-lando -

"Não vai chover não! Não, não... Vou pescar..."